Saturday, May 27, 2006

Estrelas nos Olhos

" Os poetas são aqueles que têm estrelas nos olhos".
Pois é, para mim, ser poeta é bastante mais que fazer rimas. As rimas são para cantar as Janeiras ou para pôr nos manjericos dos Santos Populares. Os poemas são apenas um formato de escrita, nada mais.
A verdade é que apesar de um leque vasto de vocabulário, por vezes as palavras são escassas. Existem certos estados de espírito, sensações e sentimentos que as palavras não alcançam. O "nó no estômago" não descreve a sensação. O "emocionei-me" envergonha quem se emocionou...é tão pouco! As palavras são apenas uma aproximação, como a história das sombras de Platão.
E é aqui que entram os poetas. São os que conseguem transmitir, com as palavras que todos usamos, as sensações que não sabemos expressar. Que conseguem provocar o nó no estômago e as emoções com palavras. E cada vez que lemos este ou aquele poema é como se desabafássemos um pouco do que sentimos, através do texto de alguém que não nos conhece. É esse o grande poder dos poetas.
Por isso têm estrelas nos olhos. Conseguem ver e descrever o que todos sentimos sem ver. Pôr cá fora o brilho que todos têm cá dentro.
Nietzche diz: "Os poetas comportam-se imprudentemente para com as suas experiências: exploram-nas" .
Concordo, mas não critico. Todos exploramos as nossas experiências. São nossas.
Obrigado aos poetas!

Wednesday, May 24, 2006

Contagem Decrescente

Ando há cerca de 7 meses a estudar para um exame. Sim, é mesmo só 1 exame! E não, não é por ser especialmente lenta ou burra, os meus colegas estão todos no mesmo barco ( será que no fundo somos todos lentos e burros?!) . Esta situação daria pano para mangas, parece que ando condenada a qualquer coisa que ainda não percebi! A rotina já se instalou e reinstalou não sei quantas vezes.
Ora para vencer os momentos de real DESESPERO, em que penso que a minha mulher a dias certamente é muito mais feliz que eu, agarro-me ao dia "D". Digo antes, o dia "E" (exame, execrável, estúpido, enjoo) .
Nesse dia, faço questão de levar o biquini vestido por baixo da roupa para o exame. Enquanto os outros estiverem a stressar, quero estar a pensar se trouxe no carro o creme protector e sobre o restaurante a que vou jantar nessa noite. Depois do exame, não vou ficar na tortura conjunta de discutir o que respondi ou não naquele momento de agonia. NÃO!!! Meto-me no "LeonorMobile" e a grande velocidade fujo para a Caparica! Dou um mergulho no mar e, se for preciso, peço que me façam umas amonas para me esquecer de tudo o que marrei até agora e voltar a lembrar-me de quem sou...quase como um parto, portanto!
Faço questão de comer 1, 2 ou 3 Magnuns e beber uma bela sangria no fim da tarde a ver o mar. Quem sabe, sabe...
Posto isto, volto para Lisboa e vou jantar com os meus amigos companheiros de tortura! Ficarão os mais resistentes, que faço questão de acompanhar noite fora. Pois é, a partir daí, "Borga" passa a ser o meu apelido! O resto, não vale a pena pensar nisso...a noite o dirá!

É este pensamento que me levou a não pedir albergue no Júlio de Matos em vários momentos...

Se por acaso nesse dia estiver mau tempo...mato alguém! E fujo para o Julie...

Tuesday, May 23, 2006

Ode à GEA!

Pois é, quem não teve já uma gastroenterite aguda (GEA) ? Só mesmo quem não come...
Depois de um fim de semana de festas, fui a casa dos meus pais repôr energias com uma bela jantarada. Não imaginava eu a reposição que me esperava! Sendo eu a única a ficar assim... "só pode ter sido o ovo Leonorzinha!"
A partir das 5 da manhã o meu corpo entrou em revolução! Digamos que foi uma noitada agitada, com after hours e tudo! Ele era visitas à casa de banho a cada meia hora, saco de plástico ao lado do sofá, enfim...
A certa altura começo literalmente a morrer de sede e vem a parte 2 da tortura: só uma colher de cada vez! Ora, como não controlava muito bem o meu desejo de líquido, lá devia beber 2 colheres...que ficavam comigo 10 minutos, só de visita! A sede ainda ficava pior!
Passei o dia nesta palhaçada, com sestas no sofá a intercalar. Quando comecei a ficar melhor foi quando consegui comer 2 colheres (sim, sempre tudo à colher!) de uma papa de arroz nojenta que só mesmo os bebés de 3 meses é que são capazes de engolir! Mas a minha mãe tentava convencer-me que aquilo era quase melhor que caviar ( mas não a vi comer comigo!).
Hoje estou muito melhor...ainda a arroz branco, mas pelo menos o meu estômago já passou a fase "heavy metal". Ainda não chegou ao "chill out"...
Porque faço eu uma Ode a este tipo de episódios "agradáveis" das nossas vidas? Ora porque tudo tem vantagens!!! Passo a explicar:
1- Emagreci 2 quilos num só dia. Para quem precisa de emagrecer, é uma maravilha!Como dizia o meu tio: "Se estás com prisão de ventre, come uma laranja podre!" Eu, como não preciso, vou poder andar uns tempos a abusar nos doces e nas batatas fritas sem sair da linha!
2- Pude ficar um dia inteiro sem estudar e sem fazer nada sem me sentir inútil ( quem é que me pode apontar o dedo?)
3- Quando voltar a comer, vou tirar um prazer maior do que ninguém de uma empada de galinha ou outra comida banal qualquer...
4- Ao passar o dia tendo como preocupação primordial as necessidades básicas do meu corpo, relativizei algumas nuvens que me andavam a pairar sobre a cabeça ( realmente, não há nada como a saúde)
Posto isto, posso dizer que já tive a minha dose... ainda não foi desta que me fui abaixo ( não é um ovo que me vai lixar o esquema, não senhor!!!) .
Mais uma vez se confirma: não há nada como o esparregado... verde é esperança!

Saturday, May 20, 2006

Verdade do Amigo Banana

É nas situações adversas que as pessoas se revelam. Quando tudo está bem, é fácil ser um porreiro. Mas é quando as coisas estão mal que mais precisamos do bom nível dos outros. São esses os nossos possíveis companheiros. Porque a vida por si só está minada de adversidades.
Por isso é que adoro esparregado. Já está tudo passadinho, nada a esconder!
Verdade do Amigo Banana: "Amanhã é outro dia" ou simplesmente... "É a vida!"

Wednesday, May 17, 2006

A Terráquea...

Hoje lembrei-me daquela "bela" série intitulada "Um Anjo na Terra". Lembro-me vagamente de um tipo vestido de mendigo que despoletava as melhores acções nos vulgares terráqueos (gosto desta sonoridade!). Não sei porquê, mas confesso que o tipo me irritava um bocado...
Desta recordação, parti logo para um pensamento ainda mais estúpido que a série : como seria ser uma Terráquea na Terra dos Anjos/Anjolândia?
Teria que me mascarar de anjo, logo, pintar o cabelo de louro e pôr umas lentes de contacto azuis! A parte da auréola é que seria mais difícil...
E qual seria a minha missão? Tornar, na medida do possível, a Anjolândia na Terra, claro!!!
Havia logo de levantar o vestido a todos os anjos...nunca percebi se usavam cuecas ou não! Mas isso é apenas uma curiosidade minha, a minha missão seria outra...
Teria que testar até que ponto os anjos são anjos ou também são capazes de ter comportamentos humanos.
Por exemplo, podia tentar matar um javalanjo ( javali da anjolândia ), fazer um belo churrasco e convidar os meus amigos anjos. Se o comessem, parte da minha missão estava cumprida!
Podia substituir a água por vinho e os troncos da lareira por uma bela folhinha de cannabis! A minha prova seria superada se todos os anjinhos se desatassem a rir e a tentar ver as cuecas uns dos outros!
Podia ensiná-los a jogar à lerpa, sendo o prémio uma auréola de última geração! Se a certa altura começassem a fazer batota...mais um ponto para os Terráqueos!
Por último, teria que ensinar os anjos a namorar... difícil! Podia tentar o "inocente" jogo do bate pé. No entanto, acho com pouco nível para a Anjolândia. Podia importar umas revistas cá da Terra e deixá-las atrás de umas flores...mas isso era demasiado carnal para os pobres anjinhos.
Pensei, pensei e pensei...até que cheguei a uma solução! Juntava os anjinhos mais compatíveis primeiro. Depois, fazia desaparecer metade das nuvens lá do sítio! Posto isto dizia: " amigos, anjinho que é anjinho partilha a nuvem para dormir!"
E assim, após vários dias a dormir juntinhos lá haviam de perceber que as coisas boas são muito melhores a dois! E haviam também de perceber que partilhar a alma e o corpo é partilhar o melhor de nós a todos os níveis.
Final do episódio: haviam de comer tudo o que houvesse, jogar e jogar, etc...mas só pelo namoro acho que o balanço era positivo! Se calhar, a Terráquea não era assim tão estúpida...

Monday, May 15, 2006

Armei-me em esperta...

Pois é, outro dia meti a pata na poça...

O meu vizinho da frente (tipo novo, com namorada, aparentemente normal) deixou de ter empatia por mim! Durante uma pequena party em minha casa, veio no seu pijama chatear-me por causa do barulho: Pedi desculpas e baixei o som, claro!

No outro dia, era meia noite em ponto de uma Sexta-Feira...e lá vem o pintas outra vez, ainda por cima com o mesmo pijama, chatear-me de novo! Desta vez eu, do alto da minha sabedoria popular, respondi: "Olhe, peço imensa desculpa, mas que eu saiba a hora limite é exactamente à meia noite! E até lhe digo mais, se não me engano, à Sexta e ao Sábado a hora limite é à 1h da manhã!"

Posto isto, dei-lhe uma chapada e peguei-lhe fogo ao pijama com a garrafa de whisky e com o meu cigarro! Ah Leão!

Claro que esta parte não aconteceu...por enquanto!

No dia seguinte tinha uma fotocópia do decreto de lei a especificar exactamente os horários nocturnos e diurnos. Pois é, para quem quiser saber, a partir das 22h, todos os dias da semana, o pessoal não pode fazer ruído!!!

Fiquei sem saber o que fazer...

1- O gajo tem um caniche, que de vez em quando ouço ladrar. Ora também podia deixar o recado: " a partir das 22h cala o cão se não no dia seguinte ele vai para o caixão!" (rimava e tudo)

2- Dar-lhe um bolo rei com uns tampões para os ouvidos como brinde

3- Passar a convidá-lo para as minhas festas

Depois de muito pensar, tive que admitir que o tipo tem a sua razão...na volta acorda todos os dias às 5 da manhã! Decidi então "obrigá-lo" a gostar de mim outra vez! Escrevi uma carta, com uma florzinha e tudo, a pedir desculpa pelo o incómodo e a garantir que não voltaria a acontecer. Terminando com: "espero que um dia possa haver empatia de ambas as partes, da sua vizinha Dona Leonor".

Acho que devia ter posto um palitinho com um guardanapo branco colado (peace!), mas tive medo que o cão o destruísse ou que o dono não percebesse. Ele não me respondeu entretanto.

Mas acho que fiz bem!Aquela da 1h da manhã é que...enfim!

Friday, May 12, 2006

A Crise!

Li agora uma cena que escrevi, depois de uma desilusão amorosa... É bom ver que tudo passa, mas para quem se identificar, aqui vai!
"Vou tentando...arrumar os trapos sem ter as gavetas, chorar o que não perdi. Vou rindo, dançando, cantando em voz muda o que não compreendo. Os dias passam, parecem uma sessão de slides. Vivo-os com se não estivesse cá.
A verdade é que nada ficou como devia. É difícil aceitar sem compreender.
Posso considerar que estou bem. Mas que parte? Que porção de mim é que se ri? A superficial, o "piloto automático" que vou utilizando como escudo.
Esgoto energias em tudo o que me aparece. Rio do caos que não consigo apagar cá dentro. O sarcasmo deste circo de emoções, apesar de o palhaço, como todos os palhaços, chorar lá atrás.
E não há nada a fazer. Não quero mesmo fazer nada. A história não merece a pena. Não deixa de ser inevitável. Isso é o que eu SEI. O que eu sinto... não é para aqui chamado. Nem percebo o que sinto, não há uma palavra que baste, que descreva.
Posso tentar uma imagem, não sei...pode ser um pequeno barco no mar alto. O dia perfeito, a brisa ideal, a vela rasgada em centenas de trapos. O barco flutua, mas sem direcção. Foi o melhor que consegui por agora. Porque tudo isto me consome também a imaginação.
Porque este mal estar interior, este descontentamento com a vida, com o destino...
O forçar-me a acreditar que isto vai melhorar, como quem está na sala de espera do dentista! Estou na sala de espera, e ninguém me diz o que vem a seguir. A vida não devia ser assim, às vezes. E acredito, no fundo, que isto passa. O que não acredito é que haja uma boa razão para estar a passar por isto. Por isso é que a vida não anda de mãos dadas com a justiça, nem o coração.
Aliás, o coração é um artista! Dá tudo, consome tudo, engana e trai o que pensamos. O meu nunca foi grande espingarda. Sempre muito exigente, para fazer as escolhas erradas. Ninguém escolhe o coração que tem. Acho que é como a cor dos olhos. Da mesma forma que aceitamos o nosso nome, devíamos aceitar as emoções.
Não sei o que dói mais: se é os sentimentos estarem contra nós, ou ter que abafar esses mesmos sentimentos. Não é abafar um pouco de nós também? Os calos da vida...
O tempo...ah, claro, o Tempo! O penso que cura todas as feridas! Esse carrasco amigo. A única coisa a que nos podemos agarrar. Também gostava de ter poderes para o manipular. Dar saltos no tempo! Mas a vida não é assim. As saudades primeiro aumentam com o tempo, depois desaparecem. Como uma parábola. Toda a vida deve ser cheia de parábolas. Mas as partes negativas deviam ser mais curtas.
Vamos pôr o coração, o tempo, a saudade e a razão a passearem no meu barco esfarrapado... Qual deles o consegue arranjar?"
P.S.- Quem é o preto da fita? ;-), e sim...em ultima instância, o blog é um acto narcisista!

Thursday, May 11, 2006

O Mundo como uma Balança

Li uma vez um artigo de um tipo italiano ( não me lembro do nome) que nunca mais vou esquecer. O senhor era bastante prático, mas não menos sensato. Vou tentar resumir a ideia...
Segundo ele, o Mundo é como uma grande balança, sendo um prato o positivo, o outro o negativo. A partir desta imagem, podemos dividir os seres humanos em 3 categorias:
  1. Existem aqueles indivíduos que conseguem o melhor para si, sem acrescentarem obrigatoriamente algo aos que os rodeiam. São os que fazem a sua "escalada" aproveitando as oportunidades, ainda que por vezes tenham que prejudicar alguém. Esses indivíduos determinam que a balança se mantenha em equilíbrio, ou seja, o que geram de negativo a outrém, compensam com o positivo que ganham para si próprios (ex. os gajos da bolsa). Resultado: contributo neutro.
  2. Existem outros que ao longo da sua vida se prejudicam a si próprios, conseguindo ainda arrastar alguns na sua miséria. São os indivíduos que se afundam no buraco e que ainda conseguem fazer mais uns tantos sofrer por arrasto. Estes contribuem para o prato negativo da balança, uma vez que nenhuma das partes ganha o que quer que seja (ex. toxicodependentes, homens bomba). Resultado: contributo negativo.
  3. E chegam os terceiros! São os indivíduos que conseguem que a sua progressão positiva melhore, na medida do possível, a vida dos outros. Implica que a sua ascensão seja feita com honestidade e justiça ( se não, vão para a primeira categoria!) e que o objectivo final beneficie o bem estar global da população. Estes contribuem para o prato positivo, já que todas as partes ficam a ganhar (ex. poetas, professores,médicos...enfim, todas as profissões à excepção de proxeneta, dealer, e gang do Bin Laden). Resultado: contributo positivo.
Após esta breve explicação, devo dizer que o autor do artigo nomeou as 3 categorias.
1- Os espertos
2- Os estúpidos
3- Os inteligentes
A partir destes conceitos, cada um deve decidir o que quer ser enquanto andar por cá!
De certeza que já houve vezes na vida em que fui esperta ( roubei gomas numa loja), estupida (quando magoei alguém de quem gostava) e inteligente (dar um CD ao meu irmão para os anos que gravei depois para mim...). Nem sempre o melhor é o mais fácil, mas já não é mau pensar sobre e isso e tentar.

Wednesday, May 10, 2006

Elogio ou Crítica

Ultimamente tenho passado bastante tempo com uma amiga a dar porrada no neurónio todas as noites: a estudar, portanto. Não aprendemos grande coisa, nem nos sentimos grande coisa também.Esforço-me por ser uma companhia minimamente agradável nestes tempos dificéis...isto tudo para agora mesmo me ter dito: " Leonor, acho que devíamos fazer uma série de televisão!Daquelas patéticas, ahahah!"
Isto é uma crítica ou um elogio????Nenhuma de nós tem neurónios já para analisar esta questão.
Por isso decidimos parar e ir tomar um café sabe-se lá onde. Quando o corpo não tem juízo...a cabeça é q paga! Tenho que parar com a natação, o cloro que engoli hoje não me caiu bem...
Venha lá esse café!!!Ah Leão!

Já nem sei o que fazer de mim!

Friday, May 05, 2006

O Amor é como o Sarampo

O Amor é como o Sarampo, todos temos q passar por ele! É nos papelinhos dos bombons q estão os segredos mais amargos da vida...ou não!
A verdade é que o Amor nos faz várias coisas: põe-nos na Lua, mas pode levar-nos ao Inferno. Pode estar tudo mal (a casa arrombada, uma caganeira infinita), mas se o Amor corre bem...who cares? O reverso também ocorre! Podemos estar na maior das festas, com todos os nossos amigos, uma noite espectacular, uma casa brutal...mas voltamos à cama o mesmo caco que acordámos e...sabemos q vamos acordar na mesma!
Mas o problema do Amor não é só esse,se isso fosse tudo...
Depois de vários anos de experiência em que amei, fui amada, magoei e também fui magoada, cheguei a algumas conclusões sobre este fenómeno.
Se coçarmos as lesões do Sarampo, ficam marcas para toda a vida. Considerando o prurido como uma metáfora para a intensidade do Amor...sim, o Amor também deixa marcas. E é esse o grande valor dele. Passo a explicar...
A maioria dos grandes amores (salvo aquele pessoal irritante a quem tudo sempre correu bem) não correm como gostaríamos. Pelo menos os primeiros...o pessoal ainda é um bocado verde no ofício! Chega-se então à grande prova: o conflito, o senhor Conflito. Quando a pessoa tenta ser racional e não consegue! Quando já nem a própria pessoa se entende a si própria e gostava de arrumar tudo. Nessa fase...Para quê meter um ácido?Uma bebedeira?Outra droga qualquer? A sanidade foi de férias!O que o pessoal queria mesmo era que ela voltasse!
Depois pode surgir aquele pensamento: Para que é que eu me meti nisto?Como?E agora?
Para este tipo de coisas ficarem resolvidas, uma pessoa tem que fazer várias coisas, que vou demonstrar como são uma verdadeira lição de vida!

1- Aprender a tolerar a frustração, sem matar ninguém
2- Analisar o que podemos ter feito de mal, perdoarmo-nos a nós próprios e mudar para melhor
3- Perdoar o outro, sem falsas simpatias, realmente perdoar

Só assim uma pessoa conseguirá sair do buraco! Se em vez de se "coçar" em ódios e sentimentos mesquinhos, apostar no crescimento interior.
E depois, voltar a amar, claro!Com a certeza de que os próximos vão apanhar uma pessoa melhor!
Ou seja, a maneira como lidamos com o Amor, revela também a maneira como conseguimos lidar com situações adversas, no mais íntimos de nós. Os conflitos interiores são um pincél, toda a gente sabe! Sermos o juíz de nós próprios implica alguma dose de coragem e humildade.Mas quem supera estas cenas...ah granda Homem!
Hoje deu-me para aqui, a pausa do estudo...enfim

Thursday, May 04, 2006

Quero ir à Lua

Outro dia estava a falar com uma amiga e decidimos fazer uma aposta (só um pretexto para alguém pagar qq coisa à outra) :
Quanto tempo demora uma viagem à Lua?
Eu pensei (fiquei 3 dias a ressacar por isso) e disse que era menos de 3 semanas.Ela apostou em como eram pelo menos 3 semanas de viagem. Atenção: só ida!!
Fui à net e, realmente, a viagem vai de 10 a 21 dias, logo...ganhei!!! Mas fiquei na mesma 3 dias a ressacar!
Depois comecei a sonhar alto, feita atrasada mental, sobre como seria ir à Lua...

Pontos positivos:

  • 15 dias não são nada!Levava uns livros...n sei é como é q fumava sem explodir a nave...mas isso não importa, deve haver tabaco liofilizado para comer!
  • não falava com ninguém, o que me podia servir como "viagem ao Tibete" inter planetária, em todo o caso levaria uma minhoca de estimação, que também come pouco!Podia falar com ela
  • quando chegasse, teria o enorme e único prazer de poder ver a Terra de fora, com a certeza de que ninguém me vinha chatear tão cedo!

Pontos negativos:

  • a problemática da gravidade ía-me impedir de estar penteada (nunca se sabe quem se pode encontrar na Lua...)
  • não me agrada muito a ideia de não saber para q lado fazer xixi, nem o resto!
  • não ía ter ninguém para me tirar fotos!
  • na Lua ainda não há discotecas...
  • podia começar a habituar-me à solidão e chegar à Terra a falar sozinha, ou só com a minhoca

Posto isto,que me deu à vontade meia hora de pensamento, cheguei a uma conclusão:

Quando for grande quero ir à Lua. Aliás, faço uma combinação com a Interpol e levo um bandido qualquer comigo. Como o gajo deve gostar de ter alguém com quem falar, de certeza que não me faz mal nenhum. Quando já formos melhores amigos, quando ele achar que eu até compreendo tudo o que ele fez...deixo o gajo sozinho na paz branca de um qualquer spot lunar e dou de frosques! Fiz um favor ao Planeta e tudo! E ainda são capazes de me dar um desconto na viagem...