Thursday, December 28, 2006

O Fenómeno Nespresso

Pois é, todos os anos surge uma nova moda! O pessoal descobriu o puff, lá foi tudo arranjar um puff! Depois houve a moda dos plasmas ( de preferência gigantes!) , e lá foi tudo comprar um!
Também está na moda agora o palm, já com as variantes de telemóvel acoplado.
Podiam sempre inventar um puff com um palm integrado que, se quiséssemos, se transformasse num plasma gigante!
Claro que não vou colocar em discussão o poder económico real das pessoas que adquirem este tipo de material... não fosse este país o belo Portugal!
Ora este ano a nova moda é a máquina da Nespresso! E de preferência a do modelo Cube! Não sei se o George Clooney teve alguma influência nisto...
Ora como aqui a menina é uma verdadeira "agarrada" ao café (média de 5 ao dia) , achei que seria um investimento a considerar. A verdade é que adoro e aprecio café. E para bom entendedor meia palavra basta!
Assim começou a saga da Nespresso...
De todos os modelos que vi, não achei o Cubo nada de especial... não é um cubo, mas sim um paralelepípedo! Logo por aí, o Clooney pode ser giro, mas é um tangas! Acho que vou finalmente aderir ao Dr. House e esquecer o ER...
Quando fui comprar a máquina, as mais pequenas e baratas estavam totalmente esgotadas! Foi aí que comecei a perceber que este tipo de máquinas, de luxo tinham passado a moda.
Finalmente lá comprei uma e apercebi-me que os tipos da Nespresso não contavam com tanta adesão.
Uma pessoa que adquira uma máquina destas, só pode comprar o café respectivo numa única, repito, ÚNICA loja em Lisboa... pequenina com´ ó caraças... no Chiado! Só vantagens: acesso fácil, estacionamento rapidamente disponível e grande espaço de atendimento ao público! De referir que a fila para comprar a porcaria do café sai da loja e contorna a esquina da rua! Umas boas horas ao frio para beber um café mais saboroso.
Se a pessoa quiser encomendar para casa tem que pertencer ao Club da Nespresso. Ora depois de o telefone indicado estar indisponível e o pedido pela net também parecer não funcionar... a coisa torna-se complicada!
Considero que o fenómeno Nespresso começa a falhar. Ou os tipos se apercebem que têem que aumentar a oferta, ou o Club Nespresso começa a significar Club dos Otários!
De referir que o café é mesmo, mesmo bom!

Thursday, December 14, 2006

Contágio

Pois é, parece que vou andar a correr riscos desses todos os dias. Doenças, muitas! E contagiosas!
Gostava de ser infectada, às vezes, por certas "doenças". Gostava de ser infectada pela Felicidade , mesmo quando aqueles com quem mais contava, me viram as costas quando também mais precisava.
Gostava de ser infectada pela Calma quando às vezes me desiludo e levo tudo à frente.
Ou talvez fosse melhor curar-me da Ingenuidade, quando espero demais das coisas. Assim, ficaria seguramente imune à Desilusão.
Gostava de ser infectada pela Hipocrisia para, de vez em quando, ser socialmente mais adequada.
Gostaria de inventar uma vacina para a Mentira, mas para todas as estirpes do vírus, incluido a Omissão...
Mas acima de tudo, adorava inventar uma doença que não existe... a doença Refresh. este vírus permitiria esquecer o que não interessa! Poderia ser doente terminal de Felicidade, sem gastar dinheiro no tratamento para a Ingenuidade! Ficaria certamente imune à Desilusão, sem precisar da Calma para tolerar a Mentira ou a Omissão.

Monday, December 04, 2006

Perspectiva

Realmente, a história do copo meio vazio ou meio cheio muda muita coisa! Depende da perspectiva. São as perspectivas com que se encaram as coisas, a vida, a sorte e o azar que determinam, às vezes, o grau de felicidade.
Uma vez um amigo meu que fazia anos disse-me " Parabéns de quê? É só um ano a menos de vida."
Da mesma forma, aquela frase mais que batida: "dar valor ao que temos em vez de reclamar o que nos falta." É verdade. Mas também é verdade que, para mim, às vezes é difícil distinguir o que é exigir demasiado ou simplesmente ser ambicioso qb para ser feliz. Por isso é que às vezes me apetecia ter mil e uma oportunidades para viver a vida! Poder vivê-la de maneiras diferentes para não perder nada com as decisões que se vão tomando.
Claro que não se tem que ver tudo sob o ponto de vista negativista, da insatisfação. Nem tão pouco achar que qualquer coisa é o melhor que se pode alcançar. Não consigo defender que a ignorância seja um passe barato para a felicidade. Talvez, mas não significa que o queira comprar!
O que é que faz alguns contentarem-se com pouco e outros aspirarem a tanto? Há a teoria da humildade, a teoria da depressão, da melancolia. Não se podem aplicar estas teorias a tudo, muito menos a todos. Acho que depende tão e somente da personalidade de cada um. Obviamente que, quem cresceu com pouco, provavelmente terá uma meta mais "baixa". O contraste do que quer com o que tem, existe. Quem cresceu com muito, para atingir o mesmo grau de diferença, terá que conseguir muito mais.
Mas também existem muitas pessoas que não precisam de escalar constantemente a vida para se sentirem realizadas.
Não sei responder a nada disto, como é óbvio. Teria que ser psicóloga, socióloga e talvez antropóloga para conseguir formular uma teoria aceitável.
Mas uma coisa sei: é a forma como encaramos as coisas que ajuda ou dificulta a felicidade de cada um. Gostava de controlar isso, sempre que me desse jeito. Talvez a diferença entre as fases más e as boas seja exactamente esta: a perspectiva.