Tuesday, July 15, 2008

Férias, ou mais ou menos

Pois é, só vou ter uma semana real de férias nos próximos tempos...
Mas não me importo, na realidade, consigo ter uma vidinha descansada sem gastar dias!
A partir de agora, tenho todas as tardes e fins de semana livres!
Ou seja, trabalho até as 14h00 e depois vou para a praia!
Até me sinto mal em estar a ser paga para isto. Ou melhor, não me sinto nada mal, sinto-me óptima! Ahahahahah!!!!
É por isso que adoro Lisboa e o Verão. Praia, jantar em sítios à maneira, beber um copo com os amigos, cinema e ainda uma bela cor!
FMM... aqui vou eu, perdi o ano passado e já foi demais.
Como disse uma amiga, estamos em época alta!


O meu carro começa a ganhar crostas de sujidade....

Pois é

"O PROBLEMA do amor é o tempo. O tempo é, aliás, o problema de todos os sentimentos e actos da vida, o inescapável fantasma. O amor é a única possibilidade de transcendência temporal que nos é dada - não porque dure toda a vida mas por ser "infinito" enquanto dura, como escreveu Vinicius de Moraes. Paradoxalmente, neste nosso mundo de dia para dia mais sofisticado e carregado de sabedorias diversas, cada vez há mais gente menos certa de alguma vez ter conhecido o amor. Será o conhecimento assim tão incompatível com a eternidade? Teria razão aquele Deus castigador que condenou ao suplício da vergonha e dos trabalhos forçados as suas criaturas inaugurais, porque se atreveram a sair da plácida pobreza de espírito?
Claro que a narrativa bíblica pode ser interpretada de outra forma: Deus enviou a maçã e a serpente para que as suas criaturas ganhassem o direito ao livre-arbítrio. Nesta interpretação, que me parece muito mais digna da divindade - porque parte do princípio da Liberdade -, Eva e Adão saíram do paraíso oferecido para construírem, eles próprios, o seu paraíso, à sua maneira. Beneficiaram de um crédito vantajoso de que mais nenhum casal no mundo voltou a dispor: eram os únicos seres humanos sobre a Terra. Incomparáveis. Nascidos, sem apelo nem agravo, um para o outro. Hoje, esta pré-determinação parecer-nos-ia o inferno (e é um inferno em que moram ainda muitas raparigas e rapazes, pelo mundo fora), mas, naquele Tempo sem tempo, o caso não se punha assim: Eva não sofria a concorrência de nenhuma Maria cheia de graça e sem celulite, e os músculos de Adão, mirraditos pela falta de ginásio e trabalhos duros, brilhavam na ausência de qualquer espelho, janela ou lavador de janelas. Podiam ficar fartos um do outro sem se aperceberem dessa fartura - não tinham mais ninguém com quem conversar. Não tinham sequer a possibilidade de se interrogarem sobre outras orientações sexuais. Viviam entre flores e frutos, em pleno desenvolvimento sustentável. Quando penso nesse paraíso, deixo de ter medo de cobras. Todas as coisas têm os seus lados positivos e as suas horas de fulgor. E estou em crer que, por muito que tenham gritado um com o outro, depois da saída do paraíso, e até amaldiçoado a sua sorte, Adão e Eva se divertiram mais nessa vida mortal que depois lhes coube do que na eternidade sem tempo de onde saíram.
Pois que é a eternidade sem tempo? Nada. E o tempo sem eternidade? Um inferno. Este período que nos calhou viver assemelha-se demasiado ao inverso do paraíso: em vez de pasmaceira e imortalidade, trabalho contínuo a contra-relógio. Um e outro sistema alienam a liberdade humana. O excesso de consciência da vida (ou seja, da morte) aniquila-nos a própria experiência da vida. Corremos, em vez de vivermos. Precipitamo-nos, em vez de escolhermos. Como aprendemos que o amor não se escolhe, coleccionamos beijos e corpos na ânsia de que essa essência mágica surja, como uma aparição, de dentro de um deles. A ansiedade pelo grande momento faz-se carrasco da possibilidade desse momento (Henry James escreveu sobre este tema um livrinho magistral, "A Fera na Selva").
Estamos cercados pelo apelo da paixão. Lançamo-nos ao sexo em busca da paixão, ou para a esquecer, o que é sinal do mesmo desespero. Não queremos morrer sem ter vivido tudo, e o tudo é cada vez mais visível e impossível de alcançar. Acresce que demoramos mais a morrer; a velhice é tão implacável como sempre foi - com a gravidade suplementar de se ter tornado mais longa.
O infinito é a medida da eternidade humana. A ciência desfibra-nos em hormonas e compostos químicos para explicar que a paixão tem razões fisiológicas que se esgotam ao fim de dois anos de convívio (três, com sorte). Para que queremos saber tanto? Para perder o deslumbramento absoluto da primeira troca de olhares, para perder o contacto com a eternidade que só esses instantes de entrega radical nos dão a ver. Beijamo-nos e pensamos no dia em que deixaremos de nos beijar - sem reparar que o pensamento nos conduz de imediato a esse dia. Não nos entregamos para não sofrer - e que encantamento tem essa vida sem entrega?
"Tu és a minha casa, contigo eu sou livre" - diz o amante a Lady Chatterley, no belíssimo filme de Pascale Ferran, inspirado no clássico de D. H. Lawrence. O sexo levou este par de amantes à paixão, a paixão conduziu-os ao amor, a uma visão mais lúcida e radical da existência, e ao êxtase espiritual da liberdade partilhada. Por isso o filme acaba com um sim: "Chamar-me-ás se te sentires infeliz sem mim, mesmo que daqui a muito tempo?" Sim, diz ele. Falta-nos hoje essa capacidade de nos entregarmos primeiro, sem medo, e de cobrir de flores o corpo amado, como se não houvesse outro corpo nem outra terra no mundo - e de então escolher a eternidade infinita desse momento como destino imóvel, para lá das mil circunstâncias e corpos da vida, num simples e imortal sim."

Inês Pedrosa

Saturday, July 05, 2008

Blabla

No trabalho, finalmente sem nada para fazer! Mas não por muito tempo...
Acho que o próximo fim de semana que tiver realmente Sábado e Domingo livres, vou achar que estou de férias! Ainda vai longe, esse fim de semana.
Mas como em tudo na vida, é mais fácil seguir em frente e fazer as coisas, do que nos andarmos constantemente a queixar!

Apesar de tudo, durante a semana, tenho conseguido ir praticamente todos os dias à praia. Dou uns belos mergulhos, como gelados e ponho-me a tostar ao Sol!

Sim, já estou com um bronze que não engana ninguém! Se no trabalho me perguntarem, respondo: "Isto é solário! Meia hora por dia e depois vou logo estudar para casa!"
E digo que vou sempre sozinha! Qual amigos, qual quê! O que está a dar é fingir que a nossa vida é um bocado estúpida, para não se vingarem de nós no trabalho. Essa é uma das lições que fui aprendendo no Mundo do Trabalho.
Depois chego a casa, meto-me no carro e lá vou eu........... por isso é que adoro o Verão!
Podem tirar-me o computador, o ar condicionado, mas não me tirem os mergulhos no mar!

Filme para não ver: " The Happening" (péssimo)

Tuesday, July 01, 2008

Pancadas


Toda a gente as tem...

De certo terei muito mais, mas pelo menos já identifiquei algumas:


1- Não consigo ver o correio com maior frequência que de 15 em 15 dias

2- Deixar sempre qualquer coisa no prato, nem que seja uma batata frita

3- Beber sempre leite com chocolate antes de me deitar

4- Detestar que me tirem coisas do prato sem me perguntarem primeiro, nem que seja o meu melhor amigo

5- Comer só a parte de dentro do pastel de nata, com uma colher

6- Não lavar o carro, a não ser que esteja vergonhosamente imundo

7- Roupa interior com bonecos

8- Ténis e uma pequena GRANDE resistência a usar saltos altos

9- Borrachas

10- Deitar-me sempre de costas na praia e ficar assimetricamente bronzeada
E não vou fazer nada para mudar isso. A parte do correio.... já me deu alguns problemas!