Gente a mais, convívio a menos

Acabei agora de chegar a casa após desistir de um café com umas amigas. É nestas alturas que detesto Lisboa ou qualquer cidade minimamente grande. Adoro cidades porque tudo o que é variado proporciona liberdade. Mas detesto pensar que no meio de tanta gente não consigo ver quase ninguém.

Entrei no carro e pensei: "Espera lá....café???Mas qual café? Vou passar pelo menos meia hora no trânsito para andar meia dúzia de metros! Quando lá chegar já estou com o humor estragado só de pensar que tenho que levar com o mesmo filme para voltar para casa!"

Resultado : DEIXA LÁ ISSO. A amizade é bela, mas o tubo de escape não perdoa!

À pala destas "contingências", uma pessoa fica semanas a ver o pessoal no messenger, a cuscar o pessoal no hi5 ( tentativa de Big Brother na net), a trocar sms e a ver mails. Que treta é esta??? Isto para mim não é ver ninguém nem encontrar ninguém. É claro que as pessoas trabalham, não têm tempo, etc. Até eu estou nessa turminha! Mas há imensas vezes que é tudo devido ao trabalhão de sair de casa, enfrentar o trânsito, arranjar lugar para estacionar... os transportes públicos ainda são piores!

Por isso, já mencionei anteriormente neste blog, acho que o teletransporte é o futuro!

Mas enquanto isso não acontece, resta apostar nos fins de semana para ver as pessoas. Não me agrada esta ideia, mas não vejo muito mais soluções.

Ou então o belo do café a seguir ao jantar! Mas depois preguiça puxa preguiça, e está frio, e chove, e o cão está deprimido...

O carro bom?

Nunca percebi bem o conceito "carrão", "granda máquina", etc. Para além do status social e de semeador de inveja alheia... na realidade não vejo grande utilidade!

Os "carrões" supostamente andam muita rápido!!!Pois... e onde é que o pessoal pode usufruir dessa velocidade em Portugal? No IP5? Na auto-estrada para apanhar uma multa do caraças? Depois ficar sem carta e nem um calhambeque poder guiar?Ahhh....fixe!

São mais seguros...que eu saiba, a partir de uma certa velocidade não há "chapa diamante" que valha de grande coisa!

São mais confortáveis. Será que os balúrdios que se dão equivalem a tanto ganho na comodidade? Não me parece...

A manutenção é mais cara. Se fazemos um risco, o sentimento de culpa é muito maior. Se um amigo nosso dá um gregozito...é logo o drama do mês!!! Temos medo dos estúpidos dos arrumadores, porque um risco naquele carro... xina bem!!!

São mais bonitos! Lá isso é verdade. Mas não sei se não valia mais gastar o dinheiro noutras coisas...

Estou para aqui com esta converseta toda porque estou de pijama em casa sem nada para fazer. Claro que gosto de bons carros, por uma série de razões que nem sei muito bem explicar. Este texto aplica-se mais ao pessoal que compra um granda carrão e depois anda 2 meses a comer pão com manteiga para o pagar. Ou então aos que acham que só quem tem carros bons é que tem um bom nível de vida. Pessoal saloio, bastante abundante em Portugal!

Os carros também podem funcionar como objectos de estimação, de colecção. E aí os carros bons fazem diferença. Mas chateia-me um bocado toda a carga social que as pessoas depositam na porcaria do meio de transporte! Só isso.

Para mim, um carro bom deve ser confortável, gastar pouco, fácil de guiar e de arrumar! Não deve ser caro o suficiente para me fazer stressar com ele. Não pode ser grande demais, porque eu sou pequena. Tem que ter um granda rádio e não precisar de muita manutenção ( lavo o carro 2 vezes por ano em média) . Basicamente, deve facilitar-me a vida em vez de ser mais uma preocupação!