"Velhos" são os trapos...

Havia uma aldeia onde havia a seguinte tradição: quando as pessoas chegavam a uma idade avançada, eram levadas a um monte para lá morrerem, uma vez que apenas traziam preocupações para as respectivas famílias.
Assim funcionava a aldeia há muitos anos. Fazia algum sentido, para o bem geral de todos.
Certo dia, um senhor foi levar o seu pai à montanha.
Quando lá chegaram, deu-lhe uma manta, para que se agasalhasse à noite. Antes de se despedir, o pai disse-lhe: "Espera, meu filho."
Com o seu canivete, cortou a manta que tinha para o resto dos seus dias e cortou-a ao meio. Deu metade ao filho e disse: " Meu filho, toma esta metade para ti."
O filho, sem perceber, perguntou: " Para quê, meu pai?"
E o pai respondeu: "Para que também tu não passes frio quando te vierem cá deixar."

Ode à Neura

Não percebo porque é que certas pessoas fogem da neura, tentam ignorá-la, como se fosse uma doença.

Uma grande parcela de pessoas gosta de engolir a tristeza a todo o custo, para que os outros não percebam. Gerou-se um conceito estúpido de força, em que uma pessoa que de vez quando se vai abaixo é rotulada como fraca.

Obviamente não mostro estar em baixo a malta que não conheço! Não deixa de ser uma exposição e uma situação que, obviamente, gera perguntas que posso não querer responder. Mas para os meus amigos, para mim própria... esconder??? Mas porquê?

Considero-me uma pessoa bem disposta, mas sim... de vez em quando fico no poço a chorar!!! Serei fraca ou simplesmente humana?

E até digo mais... se há neura digna de ser neura, tem que ser com a maior cara de cú que conseguirmos fazer e com a música mais neura possível a acompanhar! Sim, adoro músicas da neura, não tenho problemas com isso. E quando me perguntam "tudo bem?" eu respondo "tou com a neura". E quem percebe não precisa de perguntar mais nada.

Detesto ver pessoas que não conseguem chorar, gritar ou perder a porcaria do controle nem que seja por um segundo!

Que andam a convencer o mundo que são espectaculares porque nunca são apanhados num dia mau. Ou que se estão num dia mau, estão tão bem dispostos como se fosse um dia bom! Qual é o gozo disso? Onde é que isso é genuíno?

Depois essas pessoas "perfeitas" extravasam e compensam as coisas de maneiras esquisitas... recalcamentos!

Sim, eu sou porreira e de vez quando choro no canto da sala! E quando deixar de o fazer, já muita coisa se deve ter perdido cá dentro.

Como diz o ditado: "Um ano que passe em que não derramaste uma lágrima, seja de alegria ou de tristeza, foi um ano perdido".

Under Pressure

Eu sei que somos todos muito giros, muito amigos, muito fofinhos e bilúbilú!

Mas começo a ficar cansada das perguntas em jeito de pressão dos amigalhaços e familares.

A malta chega a uma idade em que não tem descanso. Tem sempre que estar a dar contas de alguma coisa!

Primeiro vem a clássica pressãozinha do " Quando é que acabas o curso?"

A malta lá arranja o canudo!

Depois é a história do trabalho... lá se arranja também!

Quando a malta já arrumou o assunto profissional, vem a parte emocional...

Se não se tem namorado, é tudo a querer saber quando é que se arranja, ou o que é que se passa porque já estamos na idade.

Lá se arranja um namorado.

Não contentes com isso, começam a perguntar pelo casamento!!!

E vão andar a chatear a pessoa ( cheios de boas intenções, os fofinhos) até se anunciar o casório!

Será que é desta que se acabam as perguntas expectantes?

Durante a Lua-de-Mel, talvez...

Porque quando a malta volta, aí vem uma nova: " E quando é que têm filhos?"

E o pior, é que depois de vir o primeiro, passado dois anos, vão começar a perguntar pelo irmãozinho para a criança sozinha e infeliz!

Parece que temos que seguir um protocolo. Ou respondemos às perguntas chave ou ainda temos mais trabalho a explicar porque é que não vamos seguir o percurso esperado.

Para mim há 2 soluções de repostas eficazes, aplicam-se a todas as perguntas!

1- Pois... pois, com calma vai-se andando ( não se responde a nada, mas os outros também não têm lata de insistir mais na conversa)

2- Não quero estudar, nem trabalhar, nem essas coisas todas. Vou para padre/ freira e a partir de agora inicío o meu voto de silêncio. Aviso já que quem me obrigar a falar vai para o Inferno!

El toro

Mais uma vez... belas férias pelas ilhas!
Com direito a rave na margem da Lagoa das Sete Cidades, vários mergulhos no mar com muito peixe para comer.
Com direito a andar a fugir de touros no meio do asfalto, felizmente resguardei-me a tempo!
Cada vez mais chego à conclusão que o pessoal das ilhas é meio chanfrado! Quem é que arranja como diversão andar a fugir de um animal no meio da rua, com direito a umas marradas pelo meio???
Perguntei ao meu namorado: " Mas é perigoso?".
Ao que ele respondeu: "Não, quer dizer....todos os anos morre alguém!"
Pergunto-me: " E se fosse perigoso, o que é que acontecia então?!"
Dormir a ouvir as ondas do mar a bater na rocha...Acordar e dar um mergulho de àgua salgada!
Para o ano há mais!
Quando cheguei acordei logo com uma chapada de trabalho. Deitar-me as 2 da manhã, vinda do aeroporto. Acordar umas horas depois para esquecer rapidamente que até estava de férias. Estava... há palavras que em certas ciscunstâncias custam mais...
É a vida!
Quando fôr grande, quero ser toureira!!! Apanhar o bicho pelos cornos!!!